terça-feira, 5 de outubro de 2010

Inspiradora loucura

Boa noite queridos e queridas... leitores ou não.

Hoje a vontade é de falar para todos, leitores ou não. Mas apenas falar, narrar, contar, dizer e outros sinônimos afins.

Estive na Bienal do Livro em Ctba hoje, no Estação... e foi muito bacana! Participei de uma das sessões do Café Literário (tudo bem, quase ficamos de fora, mas arranjaram os dois últimos lugares num puff pra nós)... a sessão foi com o Cristovão Tezza e o José Castello. Foi showwwww!
O bate-papo englobou variados temas, sobre literatura, vida, escrita e livros. Sobre estilos, experiências, obras. Foi muito bom poder compartilhar um olhar sobre o que se escreve e o que se lê por aí. E eles foram excelentes!
Mas deixando de lado os elogios... foi principalmente inspirador: não me entendam mal, não tenho aspiração a escritora nem veia de poeta nem sonho de cronocista. Contudo, sinto uma vontade tamanha de escrever... é a melhor forma que encontro de expôr minhas emoções, meus pontos de vista, ou apenas a melhor forma de dar qualquer notícia ou contar alguma coisa. Sempre fui assim... lembro-me quando contei a minha mãe sobre meu primeiro namorado: foi por um bilhete, de escrita simples mas grande significado. Penso que um dia, quando eu ficar grávida ou tiver alguma outra experência importante na vida com certeza eu vou querer contar pras pessoas queridas através de uma carta, de um e-mail, ou novamente, de um simples bilhete. Insisto em dizer que escrever é simples, mas não cedo a falsas ilusões. Simples... mas não tão simples assim. Pode ser que pra mim (e realmente o é) que escrever seja a maneira mais fácil para que eu me expresse, no entanto essa esconde as dificuldades implícitas. E não é assim pra todo mundo. Foi bom ter ido ao bate-papo pra observar que mesmo bons escritores, que fazem disso seu dia-a-dia, seu ganha pão e sua vida, não é fácil, nem óbvio e nem sempre sai tudo como esperado.
Quando escrevo, não tenho um roteiro. Não sigo script. Tento fazer com que meus pensamentos e minhas mãos fluam no mesmo ritmo. Tento entender o que o meu particular conjunto de vozes interiores (emprestando a citação de J. Castello) diz. Tento encontrar o fio da meada, aquela ponta de inspiração que te leva a loucura...
Minha loucura é particular. Ninguém escreve como ninguém, é como ter uma impressão digital. É ter um estilo... mas não é tão simples seguir esse estilo. É como ter talento, embora não seja simples descobrí-lo.
Acho que afinal, o que essas elocubrações todas querem dizer, é que minha loucura é inspiradora.
E hoje... sabe. Aprendi algumas valiosas lições.
Não sei de onde eu achava que escritores, poetas e outros não deveriam reler seus textos, seus versos. Que um bom texto sai de uma vez só. Mas eu já deveria ter ouvido este conselho... "O escritor é como um escultor. Retira um bloco imutável da escuridão e esculpe-o, com o talento de quem transforma uma idéia em ação."

Inspirações a parte... agora é hora de sonhar. Pra escrever mais amanhã, e melhorar. Afinal, foi por isso que aceitei este desafio, certo?

Abraços virtuais e agradecimentos às adoráveis companhias de hoje: meu namorado, meu melhor amigo e a amiga do meu melhor amigo  =)

2 comentários:

  1. Não tinha visto esse post...
    quem diria que uma noite faria tanta diferença... mas a mesa foi muito boa...
    o que resta é escrever...

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