quarta-feira, 3 de novembro de 2010

E ressurge a insanidade...

Sinto falta de expressar o que sinto: isso é fato.

Fato este que me leva hoje a atualizar o MetadeLoucura com algumas palavinhas de ordem pessoal...

Começo por...

SAUDADE. Essa palavra que existe em tão poucas línguas como existe na língua portuguesa me tira o fôlego...
Sinto saudade das pessoas que se foram, dos momentos bons que passaram, da infância no meu colégio querido, de pessoas da minha família que eu não convivo mais, de alguns que um dia foram amigos e agora são apenas lembranças. Saudade inquieta, mas também acalenta, conforta. Saudade dá esperança, tão contraditória essa saudade. Um sentimento, mas não qualquer um... aquele que me traz maior tormento, e também aquele que me dá maior paixão.

Mas só de saudade eu não viveria.

AMIZADE. Amizade é palavra de ordem, tanto quanto minhas loucuras, as loucuras dos outros me são necessárias. Não vivo sem elas... e devo dizer, eles também não vivem sem mim hihihi... Se meus amigos são o som do meu riso, são também o coração da minha vida. O tum tum de todos os dias (ou seria tum ta, numa conotação médica mais correta?)... não importa a onomatopéia, eles são a razão e o ritmo de toda a minha vida. Se minha loucura é só minha? Jamais... para que a loucura se não pode ser metade minha, metade tua?

Contudo... nem saudade nem amizade dominam o dia (ou seria mais correto dizer a noite?)...

Hoje a palavra é VIDA. Não sei se o que me inspira é o dia de todos os santos (ou de todos os mortos), mas viver hoje é o que me move, me transforma, me motiva, me anima e me dá uma imensa solidão. A gente quando estuda medicina aprende muito sobre a vida... mas na verdade, aprende mesmo é como evitar a morte. E por quê? Por que falar tão pouco sobre algo tão inquietante, tão enigmático? Tanto mistério envolve a morte... mas sabe, mistériosa mesmo é a vida. Com tantas amizades, e saudades... a vida é cheia de mistérios, e não sei se nos cabe desvendá-los todos, ou um a um. Não sei nem mesmo se nos cabe pensar na vida...

Gostaria de viver uma vida de loucuras... muitas loucuras, loucuras inteiras. Mas vivo apenas a minha vida. Insana... misteriosa... única (tudo bem, não vamos entrar em méritos religiosos). O que importa... ou ao menos me importa, é que vivo metade loucura, metade amizade... e metade saudade: e aqui termino, pois é isso que sou.