terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sobre o fim do mundo

Olá blogueiros, blogueiras e queridos leitores!

"Hoje à noite não tem luar... e eu estou sem ela." Para já começar citando Legião Urbana vocês podem sentir o clima de hoje...
Estávamos eu e um amigo internauta, teorizando via msn, sobre o fim dos tempos. Claro, me refiro a 2012, quando os astrônomos, o céu, a terra e mais um meio bilhão de pessoas dizem que o mundo irá acabar.
Vim aqui dizer que não, o mundo não acabará em 2012.
Minha desculpa preferida neste momento é: pelo simples fato de que eu só me formo em janeiro de 2013, e eu não vou passar 6 anos de sofrimento na faculdade de medicina pra não ter um diploma... depois de 4 sofridos anos de cursinho.
Então... acho que tenho bastante razão em dizer que eu não deixo o mundo acabar dem 2012 né?
Brincadeiras à parte... essa conversa, esse post e todas as teorias sobre o apocalipse trouxeram na lembrança uma poesia que escrevi esses tempos...
Está meio inacabada, longe da perfeição. E prometi a um outro amigo melhora-la... mas ainda não o fiz.
Mesmo assim... hoje achei que ela ganhou um lugar aqui, entre nós, por sobre o fim do mundo...

Júpiter e a Lua

Numa noite calma... na rua, na fazenda, na floresta.
Lá está ela, a Lua. Nossa Lua... mas ela não está sozinha.
Conta a lenda (e dizem os astrônomos) que no mês de agosto o quarto astro mais brilhante da galáxia pode ser visto logo abaixo da Lua, em toda sua resplandecência alaranjada.
Vinícius diria que dois amigos verdadeiros podem estar distantes, mas sempre andarão juntos.
Quintana aproveitaria para compor um hai-kai:
Hai-kai de inverno
            Uma Lua sobre o céu?
Ou um céu sem luar
Que parado sempre e nunca está.
Eu fico parado e encaro a Lua. Encaro o brilho. Fico face a face com o pretume da noite, a negritude da sombra e o colorido do branco contrastado no preto.
Mas hoje... o brilho... o brilho de cor, de todas as cores.
O brilho de Júpiter me arrebata o olhar.
Inundo-me de sensações, encanto, sonho.
Cores.
E sentimentos. Sentimentos vem e vão... saudade, na maioria das vezes. Mas não hoje.
Esta noite a Lua, sempre desacompanhada... hoje a Lua está parada.
É Júpiter quem toma conta do céu.
Penso então que Júpiter, o maior dos planetas. E a Lua, a tão somente Lua... trilham estradas desconhecidas, fazem eco onde o barulho não se faz ouvir. Acompanham-se, dividem, compartilham. Devem até brigar.
Mas permanecem juntos.
Conexão, extensão. Cumplicidade...
Júpiter nunca está sozinho. Júpiter e suas (que confirmem os astrônomos, ahhh os astrônomos)... Júpiter e suas dezesseis luas e tantos anéis percorrem juntos o sistema solar.
Aqui, onde estamos nós. E está também a Lua. A Terra, o Sol.
Meu Sol... o brilho alaranjado de todos os dias. Qualquer semelhança com Júpiter não é mera coincidência.
Dividem o infinito e o finito. Finitos somos nós.
Hoje... observo quieto Júpiter e a Lua.
Procuro uma explicação.
Não confio nos astrônomos. Acostumei-me a confiar em Vinícius e seus versos depois de uma bebedeira e da boemia. Acredito nos amigos verdadeiros.
Acredito nas alianças sem contratos, na palavra dita.
Acostumei-me a confiar em mim. E na Lua... nas soturnas horas da madrugada. Na solidão.
Sempre a solidão.
Mas hoje não a quero...
Hoje, o que me faz pensar é Júpiter. Júpiter e a Lua.
No mais profundo do meu ser, do teu ser... nossa Lua.
Na rua. Na fazenda. Na floresta.


Abraços virtuais nesta noite gelada de estudos obstétricos e reumatológicos,

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